Vídeos Parnaso Poético - 2018




Thiago Juraski, nascido em Guarapuava em agosto de 1995, reside em Curitiba – PR desde 2016. Estudante de Artes Cênicas, músico e bailarino, passou a conhecer os encantos das palavras desde pequeno e então, dá-las intenções com melodias. Em Curitiba, teve um contato íntimo com a poesia nos Saraus Populares onde se faz crescer esta paixão pela escrita.





Atos Simples

Um dia desses eu vou aí,
Pra saber se contigo está tudo bem...
E passar horas e horas a conversar,
Conte casos e causos pra variar...
A saudade eu vou deixar,
Tão difícil te encontrar,
O tempo voa depressa
Fácil de escapar...
Quero ouvir você dizer,
Coisas todas e aprender,
Que o presente vale mais que presente que receber
E na hora de partir,
Satisfeito eu vou sair,
Tão oportuno de aqui estar,
E pude aproveitar.


Thiago Juraski




Orly Bach nasceu em Ponta Grossa. Muito jovem tornou-se cantora soprano lírico e popular.


Ela canta e nos encanta como intérprete de várias cantoras e cantores famosos.






Hino Ao Amor (L'Hymne a L'Amour)

Se o azul do céu escurecer

E a alegria

Na terra fenescer
Não importa, querido

Viverei do nosso amor
Se tu és o sonho dos dias meus

Se os meus beijos sempre foram teus

Não importa, querido

O amargor das dores desta vida
Um punhado de estrelas

Do infinito irei buscar

E aos teus pés esparramar
Não importa os amigos,

Risos, crenças de castigos,

Quero apenas te adorar
Se o destino então nos separar

Se distante a morte te encontrar

Não importa, querido

Porque morrerei também
Um punhado de estrelas

Do infinito irei buscar

E aos teus pés esparramar
Não importa os amigos,

Risos, crenças de castigos,

Quero apenas te adorar
Quando enfim a vida terminar

E dos sonhos nada mais restar

Num milagre supremo

Deus fará no céu te encontrar

Compositora música em francês: Edith Piaf     



 Prefácio

ANTOLOGIA, NÃO!
PARNASO POÉTICO

(*) Mhario Lincoln




  
Antologia (em grego, ανθολογία) é coleção de flores. Todavia o ‘Parnaso Poético’ vai além de plantar flores e cravos poéticos, pois reúne poemas que atravessam a linha do tempo único, numa partilha singular (ou plural) que deverá agradar aos inúmeros leitores desta obra, a partir daqui.

            O mais importante é que o ‘Parnaso Poético’ consegue publicar numa só obra, diversos modos de fazer poesia, desde escritos líricos, livres e técnicos, numa abrangência de criação realmente significativa: rimas, métricas, estrofe e alguns versos numa representação que eu gosto muito: paranomásia (ou paronomásia), isto é, uma rima próxima da outra.

            Porém, a liberdade de criação se dá desde a escolha dos nomes dos participantes, passando obrigatoriamente pelo trabalho incansável de organização, diagramação, edição e impressão de Silvana Mello e      Osmarosman Aedo, poetas e altamente familiarizados com a plêiade da consciência coletiva. Isso foi provado na edição I, do Parnaso.
            E nesta, com certeza, o sucesso será fácil, pois a qualidade e a dedicação de como foi elaborada esta obra, garantem isso. Aliás, o ‘Parnaso Poético’ dá vasão aos poetas, em abrir espaço para as marcas da presença humana lírica neste mundo. Por isso, muitas vezes ouvi de poetas participantes do Parnaso I: “Eu estou aqui!”, dito com orgulho na alma.

            Destarte, ‘Parnaso Poético’ passa a ser uma referência na literatura paranaense, como o são muitas das inscrições em cavernas, entalhes em pedras, marcas em bancos e árvores das praças, com juras de amor. No fundo, ficam nessa obra, as indeléveis experiências e emoções as quais seus participantes querem imortalizar.

            Como li o livro antes de escrever estas pequenas observações, fico aqui alimentando minha felicidade antecipada e desejando o mesmo para os leitores que virão a seguir.

                                                    Gostei demais. Sucesso!
Mhario Lincoln

Presidente da Academia Poética Brasileira






Gilka Correia Curitibana, Gigi para familiares. Formação acadêmica universitária em Filosofia, Psicologia e História. Especialista em Psicologia Clínica, Psicologia Hospitalar e Sexualidade Humana. Mestre e Doutora em Educação. Professora, Psicanalista, Palestrante, Psicodramatista, Contadora de História, Escritora, Poetisa, Atriz e Amante de gente.














Laura Monte Serrat é pedagoga, psicopedagoga e escritora. Uma grande Educadora e Poeta.







Prefácio de Orelha

Reunião de poetas, reunião de poesia... Um lugar onde podemos nos encontrar com aquilo que temos de melhor, que brota de nossa alma e cria asas para ganhar o mundo dos leitores, apreciadores da palavra poética! Encontramos aqui outros poetas, futuros poetas, pessoas sensíveis, seres humanos capazes de se transportar para o âmago dos versos e encontrar ali o sentido que sua história permite. O que faz sentido é transportado para dentro de si e semeado em outros canteiros logo existam oportunidades. Assim os versos voam, a poesia passeia pelo espaço relacional, mergulha e encontra outros sentidos. É para isso que os poetas existem, para serem arautos de sentimentos, porta-vozes de sensações, de subjetividades, de anseios, de medos e de alegrias! Parnaso, antologia que traz a metáfora do encontro, nasceu predestinada a ser “O Monte Parnaso da atualidade”, onde encontraremos os poetas, suas musas e o toque de suas palavras!







Silvana Mello IWA (International Writers and Artists Association). Jornalista, professora, escritora poeta, participou da Feira do Poeta nas décadas de 80 e 90. Foi uma das vencedoras dos Concursos de Poesia, Marilda Confortin em 2015 e Alice Ruiz em 2016, e teve seus poemas publicados em livros com os outros vencedores. Participou de diversas Antologias virtuais e das Antologias Conexão I e II, Parnaso Poético I e II.  É membro da Academia Poética Brasileira - APB.






   Poema:
                 Fênix

Nasci trôpega,
              Apenas olhos, lágrimas, riso e dor,
                           Apenas a sina que cada ser carrega,
                                           Estigma que marca a palma
                                                            Em linhas retas ou não.
                     Com altos e baixos
             Com baixos e baixos
        Entre erros e acertos
De quem só quer o amor,
                 Pai, mãe, filha,
                            Que sina,
                A dor incessante
 Que destrói a cada instante
A esperança camuflada na dor.
Mas qual ferro quente
                                                 A forja que molda inocente
                                        Na brasa a alma da gente
                               Faz renascer diferente
                       A força forjada na dor
               E traz à luz algo novo
        Com arestas e marcas do fogo
O que a vida por certo cobrou.
                      

                             Silvana Mello, IWA





Osmarosman Aedo, IWA. Soteropolitano, Escritor-Poeta, Membro da APB (Academia Poética Brasileira); Membro Honorário da ALALF (Academia de Letras e Artes de Lauro de Freitas / BA); Membro da ACCUR (Academia de Cultura de Curitiba). Livros: “EPITÁFIO (o livro dos vivos)” Editora Instituto Memória – Curitiba, SEMEAR (palavras como sementes em bicos de pássaro) e O ÚLTIMO PENSAMENTO. É também: Diagramador, Produtor, Músico, Cantor, Arranjador e Compositor.



                           
                 Poema:
                              Se me permite, esclareço:


                              Em breve
                            A trilha termina em abismo
                                            E tudo o que alma foi
                                                      Transformar-se-á
                           Em pólen levado pelo vento.
                                                          Em breve
                 O que restar de fresta ou de fenda,
             Entupirá os corpos sem luz de escuridão,
                  Deixando naufragar a última lembrança
                       Do apocalipse das causas: A PERGUNTA.
Em breve
O antagônico endireitar-se-á,
O anverso intermediar-se-á,
E o poeta... Ah esse!
Propagará a prerrogativa de seus absurdos
Causando rebuliço na alcova cilíndrica d’outros,
Seringando as extradições
             Com exílios d’almas que reclamam mais pólens
                      Sem que seja tão precioso, ser beija-flor.
                        Em breve, muito em breve, tão breve
                Quanto a previsível expectativa ensaia,
      Escalaremos a montanha e constataremos
                       Que os dez mandamentos de pedra,
                    Não passou de um deslize ortográfico...
                                                                          Em verdade,
                                  A proposta era escrever uma receita
                                                                 De bons modos.
                                                          Não deu certo.
               

                                                            Osmarosman Aedo





Elciana Goedert (Ciça), natural de Ivaiporã - PR, é bióloga de formação e poeta por inspiração. Reside em Curitiba desde 1996. É integrante ativa do Coletivo Marianas, grupo onde auxilia na coordenação dos projetos. No seu currículo literário tem 3 livros publicados: Eu e a Poesia (2014), Sob a Ótica de Eros (2016) e Nutrisia (2017), e também participou de diversas antologias nacionais, destacando-se aqui as produções curitibanas Conexão: Feira do Poeta – 2015, 2016 e 2017; Folhetim dos Poetas Malditos – 2015 e o primeiro Parnaso Poético, em 2017.






Poema:
Embalando Sonhos

Ouvi
dizer
bem cedo

Que só morre um sonho
Quando atacado pelo medo

Por   isso  protejo  cada  um
Envolvendo-os,   suponho
Com algo  bem incomum
Revisto-os de esperança
    E uma boa camada de fé
    Aliada    com    temperança

Ainda  que  num  lugar  escuro
Amadurecem,  em   seu   casulo...
Do     terrível     monstro,     seguros.

E quando enfim se mostram
Estão vigorosos, palpáveis

No mundo
se
materializam


Elciana Goedert (Ciça)





Ela é Janaina C. Fanderuff. Escritora, poetisa  AMARdorA ou apenas entusiasta. Autora da página PALAVRAS BORRADAS, onde derrama parte de si mesma. Menina mulher de traços borrados nas páginas dos livros espalhados pelo vento, este, um amigo do mundo paralelo que sopra (vezes leve, vezes furacão) entre linhas de um amor revelado a quem deseja realmente... Ler, Ver, Ser!




  


   Poema:
                 Menina

   Basta tu se apaixonar
   Para que em teu rosto
   Reviva o azul intenso do amor mar
   Entre ondas calmas e revoltas,
   Tudo depende de um novo olhar...

   Estampa na boca um sorriso
   Nos olhos o sonho perdido
   E tu menina
   Ei de me encontrar

   Traço a traço. Mão lápis
   Papel pele
   Sem borrão. Sem borracha
   Desfaz o nó e faz-se laço
   Passo a passo beijo amasso
   Corpo alma
   Eis uma imensidão

   A vida brilha aqui e lá fora
   Em teu peito vou desenhar um coração
   Doce e sereno
   Sem segredos
   Sem medos
   Bocas e dedos
   Vou te pintar com alguns lápis e carvão.

   De tuas rimas farei arte
   De minha arte fará poesia
   Dia após dia...

   No lençol branco beijarei tuas feridas,
   Em breve estarão floridas...
   As sementes logo brotarão

   No teu corpo, pouco a pouco
   Novas flores surgirão.


      Janaina C. Fanderuff




Douglas Gattiboni. Nasci em Várzea Grande, Brasil. Cresci, no entanto, em Ascensión de Guarayos, Bolívia. Essa dualidade cultural e linguista determinaram meu estilo de escrita, consegui misturar certa cartesianidade que herdei de meu pai à informalidade que adquiri com minha mãe. Vivi em Curitiba uma temporada onde escrevi amizades, comecei a cursar medicina em 2017, em 2018 tirei um semestre para reviver com minha família na Bolívia. Afirmo que em cada etapa da vida tento e tentarei ver o mundo com suas particularidades.





Poema:
                 A Dor do Carbono Puro

Nos muitos brilhos do carbono puro
crivam-se almas agudas esmagadas 
Zimbábue morta, entre a prata e ouro,
opacou-se em jazidas destroçadas

nas guerras traçadas por imaturos
escondem-se interesses de embaixadas
 que não temem futuros nascituros.
 Serra Leoa do mapa foi riscada 

por um império exterior cortante,
Não restou criança alguma em aldeia
Não restou vida, não restou levante...

Tudo vira sangue. Não há procrias
sobra lucro exportado em diamante,
vende-se como bem feito as etnias.


                       Douglas Gattiboni





Meu nome é Amar-Al, mas podem se quiserem, chamar de Cezar, ou João. Um, divindade, dois, é rei, em três, mero discípulo, e, juntando tudo, João Cezar Amaral, é sei-lá-o-quê, talvez nada, talvez um por que, que não sabe ainda o que, ou o que fazer, ou se há um quê que valha o que dizer, sei lá. Chamem como queira ou como quiser, pois sei, e só isso sei, é que não vou, se o meu poema quiser, ele que vá. E vá com Deus, ao coração, se quiser.






Poema:
                 Cães Didáticos

Ainda celebro
            pelas esquinas.
              Larvas e luvas!
                              Celebro
   com os que se escondem
       dentro de fardas,
     togas e batinas.
 Vinho no cérebro,
             ou cachaça!
          São, em gritos,
            a saliva de Caim
         molhando a lealdade
              de Iscariotes.
          Melhor deixa!
         Distribuiremos
       casas sem goteiras,
  panos de guarda-chuvas,
            capas aos pobres,
                     aos podres,
                   aos pedros,
    aos que não bebem
       a água dos remos,
                    mas choram
                  a sétima praga.
                                    Amados,
                          voltem em mim!


                                    Poeta Amar-Al





Élio Pereira dos Santos, baiano da Ilha de Itaparica - Itabuna e Salvador. Licenciatura Plena em Pedagogia atuou no Serviço de Saúde Pública (FSESP).  Professor em diversos colégios públicos e particulares. Cursos de agropecuária, tecnologia de alimentos e agrimensura da EMARC Uruçuca. Aposentado, atua na área de Esportes em Basquete e Tênis. Escritor, poeta, com publicações em jornais da cidade de origem.





                     Poema:
             Desencontros

Malbaratadas formas
Desfilam no palco
Das incontidas trivialidades.
Os antípodas,
Juntam-se na união
Malfadada
Do bem e do mal.
A felicidade rumina
Um passado  sem vida,
Sem glória,
Sem razão de ser.
Na expectativa
Das formas sem nexos.
O mundo oscila
Dentro das desventuras
Imaculadas
Que o universo
Tranquiliza
Na existência autêntica
Dos dissabores diuturnos.

                           Élio Santos




Jairo Lima d’Araruna, Araruna é o nome de sua cidade na Paraíba, cujo, o poeta passou a usar como complemento de seu nome artístico. Em 2007 lançou seus “Versos Cinzentos”, embrião não abortado e hoje essa estranha, impossível de ser classificada coisa. Eis sua obra.  Mas não microcéfala devido às "Chikungunyas culturais que sulistirizaram e americamalharam" o seu Nordeste nos últimos anos.



                               


                               Poema:
Terra
Serra
Minha saudade não se encerra
Minha meninice
E meus anos
Depois da mocidade
Ilusionar os planos
Me fiz nascer, crescer
E o mundo ganhar
Para o aventureiro
Viver por aí a vagar
Jacklimeiriando na estrada
Caminho de doido não tem errada
Sempre à margem.
                                                                                                                            Jairo Lima d’Araruna





Marco Pasquini Escritor e cineasta. Nasceu em Rancharia (SP). Publicou: “Poemar”; “O Folheto Literário”; “Sujeito Oculto & Indeterminado”. Participou: ”Revista Eisfluência”; “Parnaso Poético”; “Conexão II e III”; “Poetas na Praça-Antologia da Feira do Poeta”. Escreveu e dirigiu: ”Poetas em movimento”, “Ayrton Salvanini, um ator mambembe”; “N.Y.City; “Bue/AR”; “Capital SP; “Restos de filme ; “Restos de vida”.
      
  




Poema:
                  Amor & Dor

                                   Amor,
                 Este doce sabor
Que me embebeda a vida
              Que me traz a dor
                                      Dor,
           Este amargo sabor
           Que me fere a vida
                  Cheia de amor.


           Marco Pasquini





Igor Veiga (“Perigor”) é professor e poeta. Participou (de 2003 até os dias atuais) como poeta e consultor de diversos projetos literários, incluindo projeto literário internacional  de  combate  à  violência contra  a  mulher (Espanha). Publicou pelo Instituto Me Memória o livro MUNDO IN VERSO, obra que está concorrendo ao Prêmio Rio de Literatura 2017. Contatos: (41) 99712-5726 / perigor.final@gmail.com / Facebook: Igor Veiga / Site: www.igorveiga.recantodasletras.com.br.





Poema:

                                UNI VER(SOS)

A vida
é um sopro
no rosto
da eternidade...

O agora
é um fato verossímil
ou um sonho de verdade?

O vento de hoje não é o mesmo
que ventará amanhã.
                 Da mesma forma, nós também não
permanecemos os mesmos...
Assim, o rio do tempo passa
e nós nem percebemos.

Tanta gente nos marca
a todo instante...
Cada pessoa, cada voz...
No céu deste imenso universo
qual será a estrela
que olha por nós?
                 
                                                                                                            Igor Veiga “Perigor”




Marta Paes, Marta Cavalcante Paes nascida em 10/04/1962, na cidade de Aracaju SE. Mãe de Thiago e Thais meus amores. Psicóloga, clínica por vocação amo a profissão que abracei. A minha poesia é intuitiva tem influência da psicanálise, escrevo sobre a vida e as dores da alma, sempre numa visão otimista do ser humano. Escritora atuante em Antologias e outros projetos. Gosto de teatro, ler um bom livro e escutar uma boa música.




                                

                                    Poema:
                                              Portal para passagem de um ciclo                                            
                                                             

                                As caixas embaladas, a alma lacrada,
                  As dores das perdas e mudanças,
                        Vejo a bonança e esperança,
         Sei que é o fechamento de um ciclo,
   As dores são inevitáveis, implacáveis,
                    Desarrumei para arrumar,
               Quebrei correntes e amarras,
                    Tive a coragem de mudar,
               Sacudi o tapete e vou entrar,
        Na escolha assumida e querida,
                       Não há o que contestar,
                  Mudei como a correnteza,
          Na margem me sentir segura,
    Arrumei o passado em um canto,
         Reciclei os encantos, os sonhos,
            As lembranças, as saudades,
                     Expurguei os pesadelos,
                     Mudança emocional dói,
Feriadas cicatrizadas, alma lavada,
Em enxurradas as lagrimas caíram,
       Foram enxugadas com os ventos,
       Brisa suave que me acariciaram,
       Soprando palavras de esperança,
             A tempestade seguiu seu rumo,
      Os primeiros raios de sol surgiram,
                  Fui abraçada com o seu calor,
                        Acolhida pelos anjos amigos,
                            Passei pelo portal mudança,
                                                Ciclo fechado, futuro esperado.

                                                                          Marta Paes




Igor Vitorino da Silva “Nasci em Vitória - ES e fui criado na periferia de Vila Velha e Cariacica na Região Metropolitana de Vitória. Sou filho de Mãe solteira e negro, vivi desde infância as agruras do preconceito e da hipocrisia brasileira. Também fui aluno da Escola Técnica Federal do Espírito Santo e do curso de História da Universidade Federal Espírito Santo. Atualmente, sou professor de História do Campus Pinhais/IFPR, capixaba desterrado e morador da cidade de Pinhais-PR. Licenciado em História pela UFES e especialista em Gestão Integrada da Segurança Pública pela “UVV/SENASP/MJ”.



                                                         Poema:
                                                                        Pensamentos Soltos

                                                        A vida em passos calmos
                                                    O colorido dos tempos
                                                perdidos e ganhos
                                            dias estranhos maçãs e bananas.
                                          Lembranças da infância
                                         Canções de outros tempos
                                        Vidas mares e terras
                                         O sol se põe, a lua se esconde
                                          E num minuto toda minha vida...
                                              Lua, Cheia de pedidos corações
                                                   Perdidos entre Pathos e Eros.


                                                                                    Igor Vitorino




Gilson Pereira (Gilson Aparecido Pereira)  nasceu em Bela Vista do Paraíso indo para Borrazópolis – PR com 3 aninhos e reside há 30 anos em Curitiba. Com formação Acadêmica em Espanhol, Magistério Superior (VIZIVALI), Bacharel em Teologia IBQ - IEQ, ator, compositor e roteirista, viu na literatura (é escritor), um horizonte que podia acrescentar mais conhecimento, apesar de seus tantos cursos e experiências adquiridas com sua polivalência, na sua trajetória. E assim deu-se, é escritor.



                                                         Poema:

           O Tempo

Há tempo
De ficar triste e de se alegrar
Há tempo
De chorar e de sorrir
Há tempo
De trabalhar e de descansar
Há tempo
De amar e de insistir.
O tempo
Vale mais que o ouro,
Se deixá-lo passar, ele não volta mais
O tempo
Desenha ruga na face
Há tempo de guerra e de paz.


     O tempo confirma grandes verdades,
        O tempo mostra a dura realidade
           Para o incrédulo será triste a realidade.


                 O tempo não pode ficar de lado,
                     Quando precisarmos dele ele estará ocupado
                         O tempo que perdemos, esse será cobrado.

                                                                                Gilson Pereira




"Ao PARNASO II, duas palavras: A pedido, digo que conheci o Poeta Paulo Barros no dia do Professor e no ano do golpe militar. Nasceu bonitinho, mas parecia triste, desde já. Nasceu no Ceará, e, de Fortaleza, corrido, veio para cá, pra esta Curitiba, cheia de esquisitices, mais cheia de amores, que ele ainda os consome, do jeito que dá. Advogado, sem causas, político, sem eleitor, investidor, sem fundos, e, quando se olha no espelho, pensa que sou eu, e me convida a ganhar mundos... Seu sonho? É rever o mar, verde como era, verde como ainda imagina estar... "


  
Poema:
                                    Reino Encantado

Que susto!

Hoje os Querubins do Além-do-céu

vieram raptar a Princesa da Noite,

mas não a acharam,

e a mim me perguntaram de você,

e eu, muito rápido e com medo,

falei que não,

que você não mais estava,

que você havia sido encantada

e levada pelo Arcanjo-de-Luz

ao reino dos jardins celestes,

ao reino onde as flores da terra voam

e os passarinhos do céu florescem!


                                       Paulo Barros




Regina Madeira, também Estrela Radiante. Professora aposentada, nascida em Engenheiro Paulo de Frontin - RJ em 01 de junho de 1959. Geminiana romântica sempre gostei de ler e  escrever e encontrei no Recanto das Letras minha primeira casa de publicação. Passo o tempo lendo, escrevendo e apreciando o belo. O amar é a minha bandeira. Minha família meu muro de arrimo e meus amigos um vento fresco de primavera. O mar minha segunda casa. O Pai Maior, Deus é quem sopra a poesia.




Poema:
                                                                                                  Mar de Amor

O amor foi colocado em suas mãos,
por um Deus que confiou na emoção.
Desse amor que é um sentimento verdadeiro.
Só quem ama, ama coração e mente.
Um conjunto em que o corpo está presente.
Uma bênção que nos banha por inteiro.

Um amor que é profundo como o mar.
Corações e almas juntos a celebrar,
a abertura das portas do cativeiro.
Sentimento chega aos corpos como ondas.
Respeitando ao Senhor que tudo sonda.
Sendo Pai, Ele nos amou primeiro.

MAR DE AMOR traz amor em alegria.
Canta trovas e versos de poesia.
Nosso barco tem o Amor por timoneiro.
Maresia lança aos ares doce perfume.
As estrelas cintilando brilhante lume.
Para sempre, sentimento derradeiro.

Nosso amor faz da vida uma festa.
Alegria em nossa alma se manifesta.
Especial, nada pode ser corriqueiro.
A tristeza nos esquece nessa hora.
Chama quente, flamejante, nos devora.
Nossas almas aquecidas no braseiro.

Regina Madeira / Estrela Radiante




Nair Rodrigues de Carvalho nasceu em 27 de março de 1934. Cursou a Vogue em São Paulo, graduando-se como estilista profissão que exerceu por mais de 40 anos, sendo também professora, em Curitiba. Com 83 anos, vive em plena atividade cultural, entre elas: Centro de Letras do Paraná, Academia Paranaense da Poesia e a União Brasileira de Trovadores - Seção de Curitiba. Três livros publicados: “Sonhos Dourados” - 1992, “As estrelas não podem parar de brilhar” - 2006 e “Poeta mostra a tua cara” - 2015.




Poema:
Coração aquecido

Deixa o sol brilhar
E aquecer seu coração,
Deixa   passar  as  nuvens
E    a     lua     fazer    clarão.
Deixa   acontecer   o   sorriso
E   dele   a  esperança   brotar
O   coração    de    quem   ama
É    feliz   e   não
 se cansar.

Nair Carvalho





Madalena Ferrante Pizzatto Goiana, esposa, mãe, avó, economista e poeta.  Reside em Curitiba. Ocupa a Cadeira 33 da Academia Paranaense da Poesia. Associada da União Brasileira de Trovadores – Seção Curitiba e também do Centro de Letras do Paraná. Participou de várias antologias. Um livro publicado: “Entre Sonhos e Poesias”. Tem trovas e poemas premiados em vários concursos.



Poema:

Percurso

É agradável contempla - lo, 
no despertar da manhã,
ora tímido, ora ousado.
Espreguiça- se… levanta. 
Discreto, invade meu quarto: 
audaz, aquece meu leito. 
Hesitante, me fascina 
com seu jogo matutino.

               Ah! Quantas vezes, eu o vejo 
                 fitando - me ardentemente. 
         Os seus lentos gestos trêmulos, 
              ofuscam - me, ao meio - dia.

Quando chega o entardecer,
veste - se, com novo tom, 
altivo ou triste.  Assim parte. 
Maravilhada, vejo-o 
lentamente, declinando, 
numa linha do horizonte.

Rubras sombras vagueiam 
                                                  no silencioso céu...


                                                       Madalena Ferrante Pizzatto





Poeta ativista, operário, protagonista de tantas vidas, Geraldo Magela além de atuar na Fundação Cultural de Curitiba, é: ator, mágico, artesão de garrafas pet, Curador da Semana da Arte Modesta, autor de 13 livros de poesia incluindo antologias. Criou o projeto "CuTUCando a Inspiração", noite de performances em que autores de seu cast, se apresentam no palco do TUC (Tetro Universitário de Curitiba) expoente da cultura literária e artes em geral, deixando assim um legado de capacidade e humanismo, que sabemos, explica todo seu talento.





Poema:
Fascinação

Em noites de
estrelas cintilantes
a imagem
primaveril
me fascina
Ao poema do primeiro
Instante fulguram borboletas
vespertinas
como aurora boreal brilhante
a ciência
poética
foi minha sina.

                                                                                              Geraldo Magela




Jornalista e produtor musical, Cleverson Garrett é natural de Curitiba-PR. Após diversas viagens para a Europa a trabalho, em 2006 fixou residência na Suíça. Nesse período conviveu com a renomada escritora e cineasta chinesa Xiaolu Guo. Este encontro foi determinante para que Garrett iniciasse a carreira como escritor. Lançou “Mosaico”, seu primeiro livro, em 2013 e, dois anos mais tarde, “Suspiro” chegou ao mercado português pela Chiado Editora. Recentemente Garrett lançou seu terceiro livro intitulado "A Lata do Poeta”.

                
    Poema:
Buraco Negro

nunca me pergunte
se te amo
o amor está no bailado
das mãos precisas do pianista      

não queira saber o que sinto
o    sentir    está   no    encontro
dos rios Nilo Azul e Nilo Branco
no beijo mais longo da história

não, não carrego esperanças
sou como o desbravador
dos mares
ciente de que jamais voltará

o amor é
bailarina
em movimento
calma de pescador

poesia das cores
outro lado
do caminho
desordem das coisas

estrela extinta
buraco negro
super nova
2 trilhões de galáxias
                                          
                                                teus olhos nos meus
                                               as covas do teu rosto
                                                a luz do teu sorriso
                                                o toque das mãos

nunca me pergunte
se te amo
somos fogo queimando
logo restarão

apenas cinzas
noite fria no deserto
lua cheia
desejos escondidos
na praia sob a areia


Cleverson Garrett



Meu nome é Christiano Nunes. Sou formado em Ciências Contábeis pela Universidade Federal do Paraná. Não exerço a função. Pós-graduado em Gestão Escolar e Literatura Brasileira. Escrevo romances, contos, crônicas, poesias e outros. Tenho um livro de poesias publicado (EXPRESSÕES DA ALMA). Participei em vários concursos literários. Participação em 18 livros de antologias. "Se meus escritos tocarem em apenas um coração, já me dou por satisfeito".





Poema:
               O Verdadeiro     amigo    

 Verdadeiro     amigo     não     deixa     o     amigo
Auxilia         na        medida        do        possível
Muitas     vezes     faz     até     o    impossível
Em     todas     as     horas     está   contigo.

Não    te   deixa    caído    no    caminho
Te    leva     no     colo     se     precisar
As   tuas   feridas   ajuda   a   curar
Nunca, nunca te deixará sozinho.

Mas mui pequena é a proporção
Em  cada mil  podemos  tirar  um
Que achamos no meio da multidão.

Sem os tais não vamos a lugar algum
Temos    que   guardá-los    no    coração
Ou     ficaremos    só,    sem    ter    nenhum.


                                        Christiano Nunes




Rita Delamari é natural de Curitiba/PR. Policial militar aposentada, com formação em Pedagogia, escreve textos desde a adolescência, e em 2005 que compôs seu primeiro poema. Publicou os livros de poesia “Das pedras as flores” (2011), “Da Janela do quarto” (2015), e ”Contornos e contrastes”, Box 3 do Coletivo “Marianas”, lançado em abril de 2018. Participou de 05 (cinco) Antologias Poéticas, incluindo virtuais. Atua em grupos literários e participa de recitais poéticos em Curitiba.



                                                          Poema:
                                                                   Sedução
         

                                                          Ao sentir teus lábios,
                                                         Um arrepio intenso
                                            No avanço das mãos,
                                          Que não tem fim.
Dançamos lentamente...
Num longo abraço,
Ficamos frente a frente
E continuamos a bailar!
                                            Em meio às ondas
                                            De um mar de sedução,
                                            Procuras lugar seguro
                                            Onde possas aportar!
Nesta viagem em busca
Do nosso porto seguro,
O barco é teu norte
Cambaleante a velejar...
                                             Um oásis, enfim!
                                             E nesta louca paixão,
                                             Eu asseguro: perdemo-nos,
                                                                    Para nos encontrar.


                                                                                           Rita Delamari



Eliamar Cavallero, Professora de Inglês (EUA: 1990 a 1997). Poetisa. Antologista. Autora de Sinopses e Orelhas. Agente Literária. Palestrante. Participante em Concursos Literários. Publicações recentes nas Antologias: Voci Italobrasiliane II - Comites SP (Editora In House); Por trás das folhagens (Assis Ed 2017), Brasil/Alemanha; Revista eisFluências 2017, Lisboa, Portugal; Conexão III - Feira do Poeta (Nogue Editora), Curitiba, PR; Sarau Brasil 2017 - CNNP (Vivara) - 18° Lugar. Colaboradora da Coluna Escreve Aí - Jornal Correio de Uberlândia. Participante do Sarau Gotas Poéticas (Assis Ed), Uberlândia, MG. DUETO – Dema, Ademar Inácio da Silva, 65 anos. Professor e Auditor Fiscal aposentado. Reside em Uberlândia, no Estado de Minas Gerais, Brasil. Obras poéticas solo publicadas: “Devaneios”, “Sabor de pecado e outras essências”, “Solidão e outras tristezas”, “Conjecturas Poéticas” e “Apesar de barbárie”. Participação em coletâneas diversas.



Dueto
Poema:
               Teu Olhar
Teu olhar retrata
a melancolia
que faz, na tu’alma,
sua moradia.

Por certo é quem causa
o lirismo puro
e a paixão profunda
pela poesia.

É pra ti que mentes
se a verdade negas,
pois tudo que sentes
teu olhar entrega.

Que tal liberares
esse coração
desnudar-se em versos
plenos de emoção?
Dema

                                                                                                                                       Poema:
Conselho

Teu conselho ouvirei,
caro poeta,
aos versos me entregarei.
Quer por melancolia
ou alegria,
importa-me,
neste momento,
entregar-me
ao encantamento,
liberar a paixão profunda
pela poesia,
que, por datas,
adormecida esteve,
fazendo em minh’alma
sua moradia.
Não minto,
apenas sinto com paixão,
mas o poeta, astuciosa
e sensivelmente,
pelo olhar,
desnudou minha
emoção!

Eliamar Cavallero




Fran Maeve (Francilda Inhegues de Alencar) nascida em Astorga, PR. É terapeuta floral, professora, artesã. Cursou Massoterapia na UFPR e Pedagogia na UTPR. Morou em Málaga Espanha onde concluiu os três níveis do curso de Terapia em Florais de Bach. Participou da antologia Parnaso Poético I - 2017 e escreveu o "Oráculo das Rosas" que em breve será lançado. Fran Maeve também é Sacerdotisa da arte antiga.



Poema:

            O Despertar

O silêncio da noite me convida às lições...
Mergulho fundo na lama de minhas memórias
E renasço em rosa.
A alma ardente de desejos
Leva-me a lugares onde jamais pensei estar.
Encontro com outras almas afins
E não grito sozinha na madrugada fria,
Mas feito criança, choro por ti...
Navego nas águas quentes e amorosas
Do ventre de minha mãe,
Me entrego aos afagos
E colho-os suavemente em forma de luz
Ouvindo
uma saudosa canção de ninar...
Aconchegada,
Estendo-me num só amor
E agradecida (agora sim), grito: estou de volta!!
Já desperta, penso:
Recomeçarei bem lá detrás...
               Renascer faz parte do meu caminho.
Acolhida com carinho dou-me por inteira
Sem dizer uma palavra,
Apenas, acreditando no ser como luz
E seu poder supremo de amar,
Me sinto
Semelhante
Às pétalas em flor-E-Ser.


                         Fran Maeve





Jefferson Dieckmann é escritor, poeta, técnico especializado em telecomunicações e bacharel em Direito. Gaúcho de São Lourenço do Sul nasceu ás margens da imensa  e  bela Lagoa dos Patos, mas é nas ruas de Curitiba, onde vive, que na observação do cotidiano escreve sua obra poética. Entre outras agremiações literárias, é membro do centenário Centro de Letras do Paraná e preside a AIL - Academia Internacional de Artes e Letras Sul - Lourenciana, de sua terra natal.



Poema:
                       Misteriosa...

                                  Mulher
                                 Misteriosa...
                                               Quieta,
                                   Sensata,
                               Calada,
                         Serena...
                          Diante
              Das pessoas,
              Dos olhares,
         E do mundo...
                       Alegre,
                     Brejeira,
                         Fogosa,
                           Faceira,
       Ao tocar minha pele,
           Ao sentir minha boca,
       Ao desalinhar meus cabelos...

    Alegria,
     Intensidade,
    Lençóis,
    Volúpia,
    Felicidade...


                    Jefferson Dieckmann




Escritora, professora, natural de Ilhéus (viveu em Itabuna) reside hoje em Salvador BA. Em sua trajetória artística, além de escrever poemas desde a adolescência, conhecida por muitos como, Kojima Kyo  tem algumas de suas obras, publicadas em jornais, revistas, e antologias. Também fez canto Orfeônico (Cantores de Orfeu), com a professora, Zélia Lessa. Salvador - BA.







Poema: 
                                            Simbiose

Brilha
                No meu
                             Olhar, 
O que restou do teu olhar.
                                              Viajei nas dobras do tempo,
                         E minhas mãos, 
    Buscaram na brisa passageira,
O beijo que brotou e não provei.
                                                         O
                                                    Meu
                                            Coração,
                       Que de tanto querer,
                     Acelera na tentativa
                              De reencontrar
                                    A sintonia
                                              que ficou perdida no desejo...
                                            E no compasso embriagador
                          Do tempo.
Do teu sorriso louco,
                 Rasteiro,
Uma intenção
                 De
       Tanto
Querer.
                                               

                                                 Kojima Kyo




Carla Ramos, PsicoArteTerapeuta Junguiana, especialista em Mkt e Propaganda. Escreve na "Alquimia da Vida" sua coluna na Revista A Empreendedora. Participa dos Comitês de Saúde e Comunicação do Grupo das Mulheres do Brasil em São Paulo. Publicou livros: Vozes de uma Alma, o Melhor de mim, Herdeiras de Lilith, Poetas no Divã, Elas são de Marte: Mulheres sem Censura. www.facebook/carlaramo-carlaramo@gmail.com




Poema:

                 O voo da fênix


                        Paradoxos
                            Óxidos
                          Ácidos
             Necessários
                Para, nós
                 Agentes
        de Mudança
            Regentes
             Químico
                 Físico
        Alquímico
      que somos,
         em Vida.

     Paradoxal
             Mente
Num TAO dia
         Pré visão
          Profunda
       Em opostos
      Na dinâmica
                 Simples
                       Mente
                  Ele se foi...

                          Na mais 
 Profunda Simplicidade:
 
Da matéria ao espiritual;
O Corpo se despede
Em reverência
Do Ser Eterno que somos.
Da presença à ausência;
Na extrema ausência física
     Se dá a presença espiritual
  No Ser interior.

Do Claro ao Escuro;
Só nas Sombras
Que se pode ver 
a presença da Luz.

Da música, em iniciais acordes, 
   ao silêncio do profundo.
     Mas é, apenas,
        no profundo do silêncio 
           Que escutamos 
a  linguagem essencial:
A do coração
Que se dizia ser invisível
      Aos olhos físicos...

Porém, 
Em insight
Numa gestalt
Figura e Fundo
Como aprendizes
A visão da Essência
Ali se fez!

Em     Macrocosmo:
Na Visão de Águia
Magos   artistas 
da Arte do Criar.
Somos,       nós
os Alquimistas
Em espelho  ao
Grande  Criador.

Em   Microcosmo:
Somos,           apenas,
Instrumentos Celestes
Feitos  de  pó  de  estrela.
Representantes     do    sutil
Do     Divino      ao       Profano
Nesse    Denso   Plano    Terreno.
Apenas,         frágeis,         pequenas,
Peças                  de                  produção
Em    Grande    Sábio    Divino    Mosaico.
Que, ao seu Chamado, à Essência.
 Desprendemos, em cinzas,
  dessa matéria.
 Dessa Vida, em matéria bruta,
de fino trato.
 Para, assim,
  envoltos no Amor Universal
Agora, já, em Espíritos Livres
  Voaremos como Fênix
     De volta para a casa... 

Carla Ramos




Daniel Mauricio:  Nascido em Jaguariaíva–PR, Graduado em Letras; Administração de Empresas; Direito; Pós-Graduado em Gestão Administrativa e Tributária; Gestão de Pessoas e Qualidade no Setor Público; Pós-Graduado em Gestão Pública de Tecnologia da Informação; Pós Graduando em Gestão Pública; É Auditor de Tributos Municipais; Autor dos livros Mosaico de Sentimentos e Cacos e Retalhos; Participou de diversas antologias e coletâneas; Reside em Curitiba - PR.





      Poemas:

      Saudades...
      Esquecida no livro
      A tua flor
      Enferruja os meus versos.

     Ausência...
    O tempo descolore a janela
    Mas a esperança,
    Ainda mantém um fio de brilho
    Reluzindo no meu olhar.

 Que pena!
 Amor perfeito
 É apenas,
 O nome de uma flor.

     Daniel Mauricio




Antônio Bezerra, "poetaruralurbano", autodidata, nasceu na cidade Pedras Pernambuco, veio pro Paraná em 1953 aos cinco anos, para trabalhar na lavoura cafeeira. Uma de suas primeiras leituras foi o Cordel, construindo assim um vasto repertório de leituras o que o fez poeta. Em sua trajetória fez curso de teatro pela Fundação Cultural de Curitiba e foi circense (Palhaço Zé Preguiça), um livro publicado: "O ENTARDECER".







Poema:
               PRESENÇA


Quando eu ainda era criança
Da vida eu não sabia
O que poderia ser da minha vida
Ou mesmo o que eu passaria.
Quando te conheci
Não mais te esqueci
Das palavras que você falou
Tudo mudou em mim.
Nasceu dentro da gente
Um amor tão rápido e vindouro
Mexeu com nosso olhar
Nos tornamos felizes,
É o nosso tesouro.
Você foi a primeira que chegou
Ao meu jardim
Para me perfumar
Tornou-se a flor mais linda
E pra meu encanto,
Veio pra ficar.

                                                                                         Antonio Bezerra   



Isabel Sprenger Ribas, Escritora. Professora Licenciada em Filosofia/PUC. Aposentada: IPEA/PR/BR/Téc. Planejamento e Pesquisa. Publicou: Quase entre aspas, Cheio de Reticências; Um Livro, Seis Mãos, Três Idades; Mulheres de Coragem; Instituição Lanche de Gatas. Romance Colaborativo Aconteceu em Curitiba; O poeta e Nuvem Menina. Antologias: Poesia do Brasil. Proyeto Cultural Sur-Brasil, de 2010 a 2016; Parnaso Poético I 2017; Jubileu de Diamante do CPFC. Membro da AFLPR; ACCUR; CLPR; CPFC; UBTN/Pr.





Poema:

Acordam as musas
Emitem sons e seus clarins.
Trombetas soam
Flores falam
E o céu se abre.
Sobre caldas de suas vestes
Cheiram jasmins
São estas ninfas lindas
Que andam ao acaso pelos jardins.
Porta estandartes
Que levam faixas aos seus Querubins
Redobram sons antecipados,
Cheios de arte de seus poetas.

Isabel Sprenger






Arthur Virmond de Lacerda Neto nasceu em Curitiba, em 1966; é professor de Direito e adepto do Positivismo de Augusto Comte.

         
    

  Poema:
                     Saudações

                              -Salve ! é o que se exclamava em Roma,
                      no belo e fino latino idioma,
           dito de cortesia obrigatório,
no, de bons modos, repertório,
em atenção à deusa Salus. Diziam de manhã
                varão, varoa, criança, velhote e anciã.
               De Esculápio filha e de Febo neta,
              avô seu despedia certeira seta.
             Ave dizia-se em horas vespertinas,
            tanto Lúcios quanto Faustinas,
           a seco, em piscinas ou em largas tinas.
          Por despedida, usava-se: - Vale,
         que ao Até logo nos equivale.
        Folgo em vê-lo entre nós se usa;
       é sábio quem dele não abusa.
      Bons dias, boas tardes, boas noites,
    é castiço: em dizê-los, te afoites !
   Empregá-las no plural
é correto e dizer  tradicional.
Salve ele! era correntio no Brasil, e cordial;
         era dito popular e até jovial.
                  Equivalia a Seja bem vindo!, Saúde!, Viva!
                                     De qualquer deles, tome a iniciativa.
Em coloquial e juvenil, dizem: - Beleza?,
              Com ela, cautela ! Suscita estranheza
                                                em meio menos informal,
onde, plebeísmo, cai mal.
Prefira o Bom dia: é do uso nacional.
Ser talvez insincero e convencional
                        não lhe é defeito: imperfeito é ser inurbano
                                  e, nas maneiras, canhestro e profano.
                         Nas horas vespertinas, use Boas tardes:
                   na etiqueta não erra se o disser sem alardes.
                          Boas noites cabe volvido o lusco-fusco;
                                 é seguro: não passarás por patusco.
                                Havia Até mais ver e Até a vista,
                             tudo usanças de gentileza bemquista.
Saúde e fraternidade era despedida republicana:
        principiou francesa e continuou sul-americana;
                                             era brasileira e era oficial:
                   empregava-se em ofício governamental.
                                              Era fecho de origem positivista,
de doutrina conspícua e altruísta,
        também autora de Ordem e Progresso,
                               prolóquio em verde impresso
                            na republicana bandeira
e conceito de sociologia pioneira.

                                                         Arthur Virmond de Lacerda Neto




Luiza Cantanhêde (Santa Inês/MA). Possui formação em Contabilidade, membro fundador da Academia Piauiense de Poesia. Tem poemas publicados em antologias nacionais e internacionais. Publicou “Palafitas” (poemas, Editora Penalux, 2016). Prepara a publicação de um novo álbum de poemas “Amanhã, serei uma flor insana”. Há tradução de sua poesia para o Italiano. Mora na capital Teresina.     

       

     Poema:
                                  Morte Súbita
                              
                                  Morrer
                                 Só morro mesmo
                                               Quando apago a luz
                                       E o silêncio reverbera as angústias

                   A cruz deixo aos pés da cama
                                    Enquanto decepo
                                 A minha crença
                    Fora ouço o rumor
       Das coisas desamadas
       Me sobra a incerteza
          A mancha na mesa
                  Os velhos livros
             A inutilidade do viver
                 O sonho que esqueceu
                                          De despertar
                                  Pai nosso, Ave Maria

                                                                    Faz sol o dia inteiro
                                                           E tudo é escuro
                                                 Tão passageiro
                                        E assim de tão parecidas
                              As coisas parecem uma só
                    Lambendo a ferida.

                                                    Luiza Cantanhêde




Delores Pires. Criciumense de nascimento, paranaense de criação, brasiliense temporariamente para complementar estudos, curitibano por se definir profissionalmente e por opção de vida. Licenciado e Mestre em Letras com licenciatura em Filosofia e especialização em Ética. Professor universitário, milita na literatura encontrando no haicai sua atividade cotidiana. Através de palestras e conferências divulga sistematicamente o haicai em todo o país.





                          Poema:
                                              A Rosa

                                                           Num ambiente de espinho
                                                            entremeado de cores
                                  desponta a rosa a um cantinho
                                     do jardim cheio de flores.

                                 A descoberta deu azo
                             a furtá-la do jardim
                  acomodá-la num vaso
                à mesa junto de mim.

           Mas a cobiça maldosa
não foi além de um segredo:
           protegendo a sua rosa
     o espinho furou-me o dedo.

       Caiu nas folhas meu sangue
               – mera gotinha viscosa –
                   de vivo tornou-se exangue,
                         e confundiu-se com a rosa.

                                             Delores Pires




Iracema Alvarenga professora licenciada em Letras Neo - Latinas na UEL. Publicação do “Mimo Literário” com 21 poesias de minha autoria - Coleção Acadêmicos Laureados. Participação em várias Antologias na CBJE desde 2011 e outras Antologias. Diploma de Distinção Literária do 1° Colegiado de Escritores Brasileiros da Litteraria Academiae Lima Barreto (RJ) conforme decisão lavrada em Ata no dia 28 de Junho de 2015, passando a ocupar a cadeira n°57, com diversas publicações de poesias na CBJE.





Poema:
                 Incerteza

Quando a noite surge, sou eu.

Tudo o que fui: flecha, espada, escudo.

 Olhos que se despertam até no escuro.

                      Quando o sol surge sou eu.

Tudo o que sou: alegria, incandescência.

                Tudo o que fui: canto, flor, brilho.

                       Quando a melodia ecoa sou eu.

                         Sou ritmo, canção, sentimento.

         Coração que se emociona com a canção.

                              Quando a poesia ecoa sou eu.

    Tudo o que sou: fada, encantamento, musa.

                                         São versos translúcidos.

                         De verso em verso fantasio,

                  Brinco com as palavras…
 
          Sonho, devaneio, fantasio…

             Tudo o que serei: lúcida.

 E de repente, um redemoinho…

          Aturdida, sou quase lucidez 

                 que se descobriu miragem.

                                      
                                         Iracema Alvarenga




Mary Cristina Rosa Santa Brígida, natural de Belém/PA, é oficial de carreira do Exército brasileiro, professora de Língua Portuguesa da Seção de Apoio Pedagógico do Colégio Militar de Curitiba e especialista em Estudos Literários pela Universidade Federal do Pará. Escreve poemas desde a adolescência. Atualmente publica seus escritos na página “Poemas de Instante” do Facebook.





  

                                                               Poema:
                                                                                      
                                                                                      Quisera
                                                                      poder no outono
                                                       ficar em teu abandono...
                                                              e me jogar em êxtase
                                                  em teu mais profundo sono
                                                                                        e virar
                                                          realidade em teu sonho                                                    
                                                               - ser tua hipóstase –
                                                                           e transformar
                                                                                      teu nexo
                                                                                                em
                                                                                              meu
                                                                                    convexo...

                                                                         Mary Cristina Rosa




Luciah Lopez é Embaixadora da Paz - OMDDH 2017 poeta, artista visual e blogueira paranaense. Publicou o livro de poesias Entre Versos – A palavra branca é nua (2017) ocupa a Cadeira nº05 Academia Poética Brasileira. Comenda Benfeitor Cultural da Humanidade – FEBACLA 2017 Comenda Internacional Diplomata Ruy Barbosa “O águia de Haia” – OMDDH.




                                    Poema:
                                                     Você e Eu
Sob o olhar cego
dos querubins
estendeu-se em
em meus lençóis.
Entre sedas e rendas
calou-me
com sua boca.
Apaziguou-me
num arrepio sem igual
beijando as
minhas costas suadas...
____ gostos e odores____
Sou um frágil animal
em agudo desespero.
Enquanto me ama
restitui minha paz
entre os filamentos
brancos da loucura...
É meu castigo
Teu destino sou eu...


Luciah Lopez





DayseGhaya (Dayse Nicodemos), Nascida em 14 de janeiro de 1967, no Rio de Janeiro, desde a infância uma apaixonada pelas letras e fascinada por uni-las em um sentido harmônico e verdadeiro. Sempre uma buscadora e aprendiz da arte de fazer magia com as letras... Mesmo em suas apresentações escolares, e até na Faculdade de Arquitetura, encontrava sempre um jeito de torná-las mais doces e encantadoras.






Poema:
                   Lua
Nova...
Se esconde tímida em sua curiosidade...
Guarda mistérios e segredos
Que geram futuros incontáveis!
Crescente...
Pulsa de vida que expande cada desejo
E faz crescer as possibilidades
Acalentadas em nosso peito e mentes!
Cheia
E plena de luz...
Brilha em esplendor e encanta a todos
Em seu magnetismo sedutor!
Minguante...
Adormece lentamente
Para se despir de todas as cargas
E bagagens
Que a fazem desaguar os excessos
E pesos desnecessários para seguir
Em seu ciclo e renascer!
Bela
Em todas as suas fases...
Caprichosa em seus humores...
Inspiradora de mitos e fantasias...
Cativa a todos
A olharem seu espetáculo cuja presença...
E até ausência...
Fascina      cada ser instigando seu íntimo
Fluir no ritmo de sua dança cósmica!

                                                         DayseGhaya





Gabriel Facchiochi Ubiale, nascido em 7 de maio de 2001. Em 2017, pelos subúrbios de Curitiba, pude conhecer a poesia. Um acontecimento inesquecível que mudou meus pensamentos e minha trajetória. E pela trajetória pude desvendar caminhos novos, conhecer artistas, poetisas e poetas, e aos poucos descobrir o mundo. Mesmo com pouco tempo nesse caminho, gosto de acreditar que, versos bem feitos, conquistam todo mundo.






Poema:
                 POEANNA

Tu és
       A melodia que passa
              Rápida ou lenta.
                      A culpada do meu desejo.


Tu És
Calor. Frio!
Me deixa apenas o arrepio
Tu és calmaria e selvageria
Tu és musa da cidade
Nas luzes da minha noite
- Tens cumplicidade.

Quero seus afagos em meu nome
Que se espalham, espalham
E depois somem.
Tu És vida. Morte.
Corte. Cura.
Tu és
A ponte. E o caminho.


                      E eu
              O poeta
       Que nada
Sabe dizer.



Gabriel Facchiochi Ubiale





Shirley Pinheiro, participou da antologia Poetas Malditos, Conexão III. Lançou seu primeiro livro com as Marianas box 3, título MERCURIA.









Poema:

Ela
Deixou
De
Tentar
Caber no mundo dele,
Quando              descobriu,
Que           não         era         ela
Que    não   servia   neste   mundo
Mas,             o          mundo         dele
É que era pequeno demais pra ela.
Então    virou     as    costas
E
Foi
Embora
S e n t i n d o
A  leveza na  alma.
Ela   era    muito    mais
Do que ele poderia ter!
                
     Shirley Pinheiro






Vanice Zimerman, nascida em Curitiba-PR. Formada em Letras Português/ Inglês, Escritora e Artista Plástica. Participou de 43 coletâneas entre elas: 2015 a 2017 - “CONEXÃO” - Feira do Poeta; Parnaso Poético 2017; Antologia de Haicais: 23. Samoborski haiku susreti - Darko Plazanin - Samobor Haiku Meeting (Croácia: 2015 a 2017 e “KABOCHA” 2016 ) - Coletânea de Haicais: “A Lâmpada e as Estrelas” (2012). Livro “Poemas & Imagens" (Instituto Memória). Participa da IWA: International Writers And Artists Association.





Poema:
                Escada de Nuvens

Subo sem pressa
      A escada de nuvens
E, assim esqueço as dores,
   Piso descalça nos degraus,
     Sentindo o aroma das cores,
 Escada macia, tecida pelo vento
                 Delicadamente, tingida
       Por diáfana paleta de cores
          Pincelada com pétalas...
                  Degraus de nuvens
      Que acariciam meus pés
 E levam-me ao encontro -
Do meu Leão de Cristal...


Vanice Zimerman, IWA





Márcia da Costa Larangeira nasceu em Indaiatuba-SP. Emigrou em 1988 para a Holanda onde até a presente data reside. No Brasil, formou-se em Magistério e trabalhou durante 10 anos no serviço público como professora e em repartições públicas. Na Holanda formou-se Assistente Social, porém, especializada em leis, na área de previdência social.  É amante da literatura e desde menina escreve poesias e contos. Tem um livro publicado, "BREVIÁRIO", além de participação em várias antologias.





Poema:
                Sincronicidade


Almas gêmeas?
    São duas vidas ligadas pelo fio do destino,
        designadas a unirem-se.
            Ao prenderem-se, sentem a paz do Divino
                e encontram a verdadeira felicidade 
                     na plenitude da soma dos inteiros,
                          porque sozinho
                               Sentem-se metades.
E nós?
O que somos?
Somos sobreviventes 
de dias tumultuados, em desalinho,
viajando na montanha russa do desatino.
Somos duas vidas 
imantadas pela afinidade 
de experiências vividas
com a perfeita semelhança da sincronicidade.
Fomos atraídos pela similaridade 
refletida nesse espelho que ilude,
mas que nos impossibilita de qualquer atitude,
que nos façam fugir da realidade.
                               Somos uma mistura homogênea
                         e como as almas gêmeas,
                   somos de metades compostos,
            que vivem sozinhos em lados opostos
      do espelho e do reflexo que nos atrai, 
mas que não une e nem separa... Jamais!

                                         Márcia Larangeira




D’Amores (Darlene Morganti Pires) Quem eu sou? Aquela que pensa e ama. Sou poesia todo dia e a noite, sou poeta! Revelo pensamentos, dores, tristezas e lamentos, amor, desejo e paixão e muita emoção. Vivo criando sagas, dramas, enredos, emoções em meus escritos. Apreciando as estrelas do firmamento, descrevo a noite e a luz do luar e deixo-me levar pelas ondas do mar. Retrato a beleza das flores, escrevo no papel suas delicadas cores. Talvez eu nem seja tudo isso que acredito ser! E sem mais me aperceber, simplesmente sou...





Poema:
                Expectativa

Hora
O relógio marca.
Ora
  Meu cigarro queima.
    Hora que passa
      Ora que teima.
        Olhar o relógio cansa
         Os ponteiros são algemas.
         Eles andam, passam...
       Eu continuo na teima,
     Até quando expectativa
   Será minha companheira?
Até quando o relógio marcar
Hora certa
Hora e meia.

       D’Amores




Marilis de Assis é curitibana, formada em Naturoterapia, com ênfase em Terapias Orientais, desenvolvendo o trabalho de Massoterapia, Florais e Reiki. Autora do livro Tratado de Amor Minha Biografia, sensível ao mundo espiritual, seus poemas falam de amor, magia e eternidade.





Poema:
               O Cavaleiro Negro


O Cavaleiro Negro vem pela estrada
Fazendo poeira,
Sacudindo o nada
Trazendo mensagens do mundo lá fora
Libertando da “eternidade”
O viver agora!
Pássaro que voa muito
Por outras  planícies
Além das montanhas
Reagindo a forças estranhas
Sorrindo depois do prazer
Tornando-se um “ser”
De luz e de sombra
Que se encanta que se assombra!
O Cavaleiro negro traz sua mensagem
Para o Ermitão
Fala do mundo novo
Diferente sensação
Mundo do bem e do mal
Do beijo na boca
Da entrega total,
A fuga para o tao
O encontro do esperado inesperado
Cavaleiro sim
Negro ou branco
Desperto!
                                                                                                      Cavaleiro Alado!


                                                                                                            Marilis de  Assis





Eis: JoséDominggos. Tendo hoje entre as suas principais atividades: ser eternamente enamorado de sua esposa, pai, avô, e só depois advogado, jornalista, professor universitário, escritor, poeta e grande sonhador. Participa dos movimentos culturais da ex - capital do estado de Goiás, tendo sido tesoureiro do movimento pró-cidade de Goiás que conquistou o título de Patrimônio Histórico e cultural da Humanidade concedido pela UNESCO.





Poema: 
                 Infindável Busca

                                Eis que eternamente se segue,
  Do sol, o nascer, até que a sua luz se nos negue,
            Para muitos, uma surpreendente jornada,
         Posto que, é o existir, desconhecida estrada.

              A ninguém, dado é, chegar ao seu final,
Já que, por completa, jamais ela é percorrida,
  Mesmo que, por mais longa que seja a vida,
 De todos, um dia, chegará o momento fatal.

         Trechos muitos, faltarão a percorrer,
                           E quando o ocaso ocorrer
Teria ao fim, enfim, a busca, chegado?
                       O que se viveu, viveu.
          Definitivamente passado
           E o  futuro que não chegou
                                      O que se fez, fez,
  Somente lembranças aos outros, ficou...

Os amores, paixões e desejos, a cada instante,
                                Que cada um, extravase então,
      Que só de alegrias seja ocupado cada coração,
                                   Carregar, pois, no peito, o amor,
                            Os prazeres suplantando as tristezas, 
                           Que aos dissabores se seja indiferente,
                         Se desconhecido é o logo, o ali na frente,
   Do carinho, da amizade e afeto, sentir intenso calor.
                                                 Bem aproveitemos o agora, 

                                   Já que é de, e por Deus, o presente.

                                                                      JoséDominggos



Glorianna Cunha escritora e poetisa. Nasceu no Acre, Estado que compõe a Amazônia. É membro da SLA (Sociedade Literária Acreana) e membro Da APB (Academia Poética Brasileira). É autora dos livros: Sinal de Vida em 2016 e Amor ao Som Estelar em 2017. Com participações em várias Antologias pelo Brasil entre elas: Conexão I (PR); Vozes de Aço XVIII (RJ) e Viagem Pela Escrita (RJ), é também Bacharel em Filosofia e Pós-graduada em Filosofia Política.





Poema:
                  Esfinge



Parece que ela não tem vida,
Estática na sua pose de majestade.
O     inexplicável     acontece,
Ela    não    é    somente
Pedras  inertes  ao  tempo
No meio de um lugar a ermo.
A   plena   convicção não   falha,
Ela é dotada  de vida e consciência,
Chama  a atenção  de milhões de  seres
De      todas       as      épocas      e      nações
Para vê-la imponente naquele lugar sagrado.
Amo sem conhecer, quero conhecer mais.
Há            um           dito         popular:
“As pedras se movem e tem vida”.
Imagine         a         Esfinge
Que  não  é  uma  pedra  qualquer.
Receba as mensagens que dela emanam,
Por          esta           e          outras         razões
Peregrinos                           como                       eu,
Se            preparam              para             visitá-la
E  sentir as  emoções  que  lhes  são  peculiares.
O    que  tens   para   me   informar   Esfinge?
Sei que é uma mensagem doce e fascinante.
O que tens  para  me  informar Esfinge?
Saberei,               sim               saberei
Quando estiver frente a frente,
Eu e você
A nos emocionar
Com os sentimentos de amor.

Glorianna Cunha




Thiago Juraski, nascido em Guarapuava em agosto de 1995, reside em Curitiba – PR desde 2016. Estudante de Artes Cênicas, músico e bailarino, passou a conhecer os encantos das palavras desde pequeno e então, dá-las intenções com melodias. Em Curitiba, teve um contato íntimo com a poesia nos Saraus Populares onde se faz crescer esta paixão pela escrita.




  
Poema:

                  É o que?

É pena lançada ao vento
    Que voa na direção
Contrária ao sopro.
      É luva que encaixa
                     Entre os dedos
                   E os protege do lodo.
                          É nave que transpassa
                                     A velocidade do som
                                                          E o que resta
                                                  É um silêncio audível.
                                                                 É relógio parado
                                                             Marcando um momento
                                                                    Que será eternizado.
                                                                   É semente crescendo,


                                                                         Ganhando forma
                                                                                          E beleza.
                                                      É a vida em transformação!
                                                             É a alma em inspiração!
                                                    É um dom construído...
                                                         É o movimento...
                  É a rotação que move o coração.
         Nada mais do que não se sabe!
           Nada mais do que se é!
          É o que lhe atribui
           Como verdade,
              É a sensação
          Da doce liberdade...

                                                    Thiago Juraski


Luciana do Rocio Mallon é formada em Letras pela UFPR, Magistério pelo Colégio São José, Hospitalidade pelo CEP, faz repentes e pesquisa lendas desde os 6 anos de idade. Lançou o livro Lendas Curitibanas em 2013 e também participou das antologias: Concurso Literário Expert, Concurso SESC de Contos de Literatura Infantil, Poetas de Curitiba, As Herdeiras de Lilith, Ossos do Ofício, Túnel do Tempo – Crônicas Curitibanas, Conexão II e Conexão III. Realiza “performances” voluntárias em eventos, trabalhou por mais de dez anos como vendedora no comércio de Curitiba, participou do primeiro conselho de leitores da Gazeta do Povo e é colunista voluntária da revista A Empreendedora. Trouxe a Vesteterapia, que é o estudo esotérico através das roupas, para o Brasil.





Poema:
                    O Pássaro da Poesia

No palco
Das estrelas cintilantes
Existe uma linda e doce dançarina
Que baila com as  estrelas brilhantes
Com saia de tule, coque e purpurina

Quando ela deseja
Se transformar em várias aves atrevidas
Ela baila com um lenço suave e transparente
Então o véu se transforma em asas coloridas
Assim ela voa entre a nuvem toda contente

Quando a bailarina
Deseja fugir de um moleque
Ela calça as suas melhores sapatilhas
Então ela dança com um gracioso leque
Espalhando, ao ar, aromas de baunilha

Quando a dançarina fica teimosa
Ela    calça   sapatos   de    flamenco
Entre os seios, ela coloca uma rosa
Com dedicação e muito dengo

Através dos pés
Ela escreve um poema
Resolvendo qualquer tipo de problema.
                                                                 

                                                                             Luciana do Rocio Mallon



Angela Só (Angela Maria Fernandes) tem 60 anos, é mãe de três filhas. Trabalhou como Técnica em Higiene Bucal, atualmente aposentada. Também passou anos de sua vida internada em todos os Hospitais Psiquiátricos de Curitiba. Agora decidiu ressignificar um pouco da sua vida em palavras o que com mérito já o faz desde pequena sempre amparada pelos mentores do espiritismo. Tenta de maneira simples extravasar suas experiências na terra com quase toda sua narrativa escrita no ambulatório de um hospício solitário o que frisa com orgulho por ter se superado.




Poema: 
                    Comparação

Bateram à porta.
                             Entrou um mendigo,
               Falou que veio de  longe,
        Que queria apenas  abrigo.
 Amanheceu. Meu amigo morreu.
Meu  mendigo  partiu, mas  com  ele
                           Todas as minhas dores...
                                        Não, não levei flores,
                  Porque não havia pra onde levar.
                        Mendigos não têm sepulturas,
                    Enfim para que? Nunca tiveram!
    Somente constroem túmulos para nobres.
                                           Meu amigo mendigo
   Adubou a terra com as mãos quando vivo,
             Agora com seu corpo quando morto.
            E ali nasceram flores... Muitas flores
                                    As mais belas que já vi!
                      Então alguém veio e as colheu,
       E as vendeu para a família do homem
                                       Mais rico da cidade
   E em sua sepultura foram colocadas...
                                                    Todos felizes!
Felizes porque pensavam estar perfumando
O local do falecido rico, mas sem perceberem
     Estavam mesmo  felizes  era  pelo mendigo
 Que ali, exalava o perfume de sua alma livre,
                                                 Enquanto o outro

        Sufocava-se em seu castelo de pedras. 

                                                              Angela Só




Anderson Adriano Lara se fez poeta pela força da natureza e pela vontade. Crê ter nascido poeta não pelas circunstâncias, mas pela pulsação psíquica da alma. Auto se denomina o Lord Laudrian da poesia. 






Poema:  
                           Olhos do dia

Dias e dias que vejo passar sobre meus olhos...
E o que vejo sobre eles são lembranças
Que Insistem em nos mostrar repentinamente
O começo do fim...
Uma voz abissal
Soa como o fio afiado de uma espada,
Cortando com palavras rudes meus ouvidos,
Será a própria morte que chega com grande poder
Em uma hora imprevista e repentina,
Deixando meus olhos assustados como se
Contemplassem a face do adeus?

                                                            Não arranqueis de mim
                                            A lembrança mais pura do amor
                             Como arrancam-se lágrimas frias
               Do homem que chora
Ao plantar espinhos e colher rosas,
Rosas negras que nascem da dor.

       Meu coração dilacera...
           Ó! 
                 Dilacera sem sentir
                      A pureza da primavera,
                            Pois ela passou e nada brotou!
                                  Somente a suave chuva leve que caía
                                        Mostrava desejos e fantasias
                                              Ao homem insensível
                                                     Que pela vida se apaixonou

                                                                         Anderson Adriano de Lara


25 comentários:

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    1. Grata Luciana! Vamos continuar semeando nosso Parnaso Poético! O Blog é um de nossos templos!

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  2. As portas dos sonhos , para a realidade foram abertas.
    Que possamos juntos caminhar , ate o infinito.

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    1. Assim seja! Espalhando a palavra pelos quatro cantos! Um abraço!

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  3. Respostas
    1. A poesia é um dos alimentos da alma! Bem-vinda ao nosso templo das artes!

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  4. O levante de uma geração dá-se pelo que se encontra na história, por mais isso a Antologia Parnaso Poético vem escrevendo sua história recheada de talentos e obras magníficas, criando assim uma comunidade cultural que não deixará sem pegadas essa, nossa, sempre, geração d'artes. Parabéns a esses poetas e poetisas que brilhantemente formata esse legado e mais uma vez parabéns a Silvana Mello pelo Blog e pela beleza que representa.

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  5. Obrigada Osmarosman Aedo!! Juntos abrimos o templo das artes! Imensa gratidão por essa valiosa parceria, por toda troca e aprendizado diário. O livro, o Blog, os Saraus de lançamento e todos os outros meios de difusão da poesia são semeadores da palavra. Que possamos sempre semear e compartilhar a arte das letras!

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    1. Que à bênção permaneça sempre neste Templo de amor e saberes sagrados, através da poesia Parnaso possas viver...Fran Maeve. Gratidão imensa Silvana e Osmaroman. 👏👏👏👏🙏🙌🙌

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  6. Lindíssimos versos numa bela declamação!! BrulhBril apresentação.

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  7. Belíssimos textos e uma redação impressionante.

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    1. Seja sempre bem-vindo Jorge! Nosso templo poético está aberto para todos os amantes da poesia!

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  8. Parabéns, escritores e escritoras!!
    Que todas as musas estejam com vocês!

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    1. Grata João por sua presença constante acompanhando a poesia dos nossos poetas! Seja sempre bem-vindo!

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  9. Silvana e Osmarosman... Parabéns por esta iniciativa, pela dedicação e carinho de vocês. Parabéns também a todos os poetas participantes que abriljantaram a "nossa" Parnaso

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  10. Grata Márcia! O Parnaso somos todos nós que amamos a palavra! É muito bom ter um talento como o seu abrilhantando essa Antologia!

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  11. Parabéns a todos pelo talento e criatividade poética.

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    1. Grata Marta! Um prazer tê-la conosco nessa caminhada poética!

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  12. Parabéns! Silvana e Osmaroman. Gratidão imensa.

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    1. Nós é que agradecemos sua participação e carinho! Grande beijo.

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