Vídeos Parnaso Poético 2020



Fagner Stocco

É músico compositor e apresentador do programa Relicário. Começou na música muito cedo, e cantou em coral até seus 20 anos, e aos 24 anos começou a estudar violão. Não demorou muito começou a compor, e tocar em alguns lugares de Curitiba. Iniciou nos bares da capital paranaense e saraus de poesia e música. Cantou no teatro Guaíra no Show da Paz, com o compositor Plínio Oliveira. Atualmente faz o programa Relicário na página da Rádio Amor & Vida, via facebook, com parceria da Wega Produtora, e com o projeto violão surrado, também da Wega produtora.




Música: Andarilho da Estrada

Cantor e Compositor: Fagner Stocco


Vou pela estrada, que serve pra nada
Tentando achar o jardim.
Tão misterioso quanto o abandono que tenta agir sobre mim
Contra a corrente do rio, vou tentar escapar.
De ter, e ter e ter mais.
Vivo um andarilho na pele de gente, não vou tentar explicar
A minha conduta não serve amigo, pra tentar lhe agradar.
Se não somos normais, e a estrada curvou, bem na hora certa e foi assim que te encontrei meu amor
Sua palavra vazia, não adianta de nada.
No vale sombrio a morte é só uma escada.
No vale sombrio a morte é só uma escada





Edimar Silva 

"Nasceu em Frutal (MG), em1955. Aos quatro anos, sua família transferiu-se para Iturama, no mesmo estado. Fez ensino médio em Lins (SP) e até o término do curso superior transitou entre Iturama e a também mineira Uberaba, onde cursou Odontologia. Graduou-se em agosto de 1977 e fixou residência em Brasília, onde constituiu família, reside e exerce sua profissão. Nunca havia escrito um poema, o que começou a fazer em março de 2013, aos 57 anos. Desde então, a poesia passou a exigir necessário espaço. É instrumento de reflexão e, também, de retribuição à vida pelo que julga ser aprendizado útil, incluindo o obtido em busca espiritual independente de formalismo religioso. Edimar é estudante de Teosofia há mais de 35 anos, o que confere uma característica de espiritualidade a muitos poemas." 




Poema: Açucena

Poeta: Edimar Silva

 

A palavra que o poema precisa deve ser uma palavra imprecisa.

O poema só tem frescor de brisa se às ideias ela não impõe divisa.

A palavra que sozinho procuro vem carregada de sentido obscuro.

Se empoleira no alto do muro, ninguém sabe seu sentido futuro.

A palavra que tenho por meta não dá a compreensão completa.

Assume obrigação que é da seta, mostra o caminho feito um profeta.

A palavra que a poesia prefere desaferrolha a porta do cárcere.

Transporta a mente a um belvedere, revela cenários e sugere.

A palavra que o poeta estima é uma palavra que fica lá em cima.

Para buscá-la o homem se anima. Palavra nobre, dá boa rima.

A palavra que vem e não algema não sei se é palavra ou teorema.

Evoca o cheiro da açucena.

Que não pode faltar ao poema.





Adriana Porto

Menina, filha, mulher, mãe, economista, especialista em diversas áreas, mas aprendiz eterna do bem viver.

Funcionária Pública na área de Gestão Pública do Esporte, participante de movimentos de solidariedade e ajuda comunitária, voluntária efetiva e afetiva de grupos de ajuda em Curitiba e Região Metropolitana.

Pupila do escrever, aprendiz das letras, principiante no combinar das letras com memórias, paisagens, encontros e cotidiano.



Poema: Devaneios Poéticos

Poeta: Adriana Porto






Arthur Virmond de Lacerda Neto

É mestre em História do Direito pela Universidade de Lisboa; lecionou Direito por 25 anos; escreveu vários livros e é positivista da linha doutrinária de Augusto Comte.



Poema: Saudades de David Carneiro (1904 - 1990).

Poeta: Arthur Virmond de Lacerda Neto

                                                                                               

Se no tempo tornar me fosse possível
(é devaneio que desejara crível)
tornaria para a minha juventude
e reviveria com igual plenitude
o que, adolescente,
vivi contente
e do que, rapaz, aproveitei com entusiasmo,
alegria e sem marasmo.
Adolescente era e a um Carneiro
conheci: David; como historiador, o primeiro
no Paraná, em importância e valor.
Afianço-vo-lo sem temor.
Foi erudito, culto, cultíssimo;
poeta, rico, até riquíssimo.
Com ele amizade travei e privei;
saudades dele, sempre as terei.
Foi-me o amigo velho do amigo moço:
David, o Gigante, o Colossso.
Para amizade, não conta a idade;
para a nossa, contou a afinidade:
amor pela do Paraná história, 
ardor pelo que fosse local glória; 
Positivismo, doutrina da Humanidade, 
a que aderimos, em juvenil idade: 
David em tempo recuado; 
eu, por curiosidade incitado.
David morto, dele contemplei
o corpo imóvel. Foi morte que assaz chorei. 
Depus-lhe o corpo frio no ataúde, 
com respeitosa solicitude. 
Ali depositei sumidade, 
homem superior e raridade. 
Nasceu no Paraná, viveu para a Humanidade: 
por ele tinha amor; nela, tinha fé: fui-lhe mínimo confrade. 
Aos meus quatorze anos quisera tornar
(tinha-os quando o fui deparar)
e o que nos foi conviver
(por dezesseis anos) outra vez viver.
Tenho-lhe saudades e admiração;
dele guardo relíquias e veneração.





Rita Delamari 

Rita do Rocio Alves dos Santos, é natural de Curitiba/PR. Graduou-se como 1º Sargento na PMPR; cursou Redação Técnico-Científica e tem formação acadêmica em Pedagogia. É membro efetivo do Centro de Letras do Paraná, e atua no coletivo “Marianas”. Foi uma das vencedoras do Concurso Literário Fazenda Rio Grande-PR/2018, tendo seu poema “Engrenagem”, publicado em livro, com os demais vencedores. Livros publicados: Das pedras as flores, Editora Íthala, 2011; Da janela do quarto, Editora Blanche, 2015; Contornos e contrastes, Marianas Edições, 2018. Participou de diversas antologias, nacionais e internacionais. Textos publicados nas páginas do facebook e instagram; no site “Recanto da Letras”; nas revistas: Esfera Policial, EisFluências, Carlos Zemek e Ser MulherArte.



Poema: Imortal

Poeta: Rita Delamari    

 

Uma reverência ao poeta

que vive suas poesias...

Que perdura e renova

inspirando-se, noite e dia!

Em sua mente, gritam poemas,

em forma de dádiva!

Que ressoam, aos seus ouvidos...

Vêm de remotas lembranças.

Algo, que, não se define.

E, até, surreal...

Imagens, somente...

Aquela, muito antiga,

ou, um sonho atual.

Poesia, pura e simplesmente!

Curvar-se a ela...

Tornar a mente ativa.

Guardar impressa em papeis

ou, no velho e bom computador...

Captar o pensamento, imortalizando-o.

Refletindo, a sua alma,

no espelho da vida!

                  Estros que resistem,                

                        ao sopro do tempo.                     

          Salve a poesia nossa, de cada dia!      

        Pois, o poeta nunca morre,    

                                                               a poesia viverá.                                                               

Para, a quem fica dar guarida...

E, num suspiro abrasador sobreviverá,

ao infinito, eternamente!





Marílis de Assis
 
É curitibana, autora dos Livros Tratado de Amor Minha Biografia e o Jardineiro da Rosa Vermelha. Participou das coletâneas Mulherio de Letras de Portugal, Parnaso Poético, Conexão Feira do Poeta V.  Seus poemas falam de Amor, Magia e Eternidade.


Poema: Solidão

Poeta: Marílis de Assis


Pérolas de amor rasgado

Lençóis de seda vermelha

Insana noite fria

 

Chora baixinho a solidão

Órfão de amor

Segue polindo os ladrilhos cor de rosa

 

Na tarde vã de um domingo amigo

Carinhos trocados no silêncio do aquecedor

Reza baixinho

Agradecendo a Deus a oportunidade de amar

 

Coração aflito

Frases de bolero

Bailarina do minueto

 

Na nascente do rio

Troca ideias com as pedrinhas brancas

Silêncio

As pedras falam

Ensinam segredos milenares

 

Materializar punhal de prata para cortar o mal

Recitando versos de poeta celta

Cantando em suave melodia a língua das fadas





Célia Regina de Assis Gulisz

Curitibana, nascida em 07/02/1962. Professora, Pedagoga, Poeta. Normalista que se tornou Professora porque descobriu sua vocação e o seu  Amor pelo Magistério. Apaixonada pela magia das palavras.




Poema: Se eu Pudesse Nascer de Novo

Poeta: Célia Regina de Assis Gulisz


Amor!

Se eu pudesse nascer de novo

Pediria que fosse para você.

Com dia e hora marcada,

Para te reconhecer.

Se eu pudesse realmente

Seria por você,

Quero mais uma chance

Para te pertencer.

Se eu pudesse nascer de novo

Queria só por você

Amor com   reencarnação

Para poder viver a ilusão

Amor combinado,

Trato feito,

Ah amor...!!

Se eu pudesse nascer de novo.






LEONIA DE OLIVEIRA

Formada em Engenharia Eletrônica pela UFPR, em Artes Cênicas pela PUC-PR em convênio com a Fundação Teatro Guaíra, cursando, atualmente ,História pela Unicesumar. Com pós-graduação em gestão de projetos pela FAE –Bussines Scholl . Romancista, poetisa, compositora, contista, cronista, dramaturga, diretora teatral, roteirista. Autodidata em diversas outras áreas do conhecimento.

Dramaturgia: direção, produção e interpretação de:

Thanatos (adaptado de La Maladie de La Murte de Margarithe Duras)

Thanatos , O princípio do Prazer (texto próprio)

El, Bafon – Uma tragédia mexicana dublada em Portugues (texto próprio)

Peça na Kombi – Um teatro para poucos (texto Próprio)

Safo (adaptado de Safo – Fogos de Marguerite Yourcenar)

Livros da Autora:

- Poemas Mínimos – Poesia

- Guia Prático do Pior Vendedor do Mundo – Não Ficção – Técnicas de Venda

- O Fio de Ariadne – Dramaturgia

- Astrolábio – Song Lyrics – letras de música

- Trigo - Poesia

- Atlântida, A Viagem... – Ficção histórico-científica

- Diário da Menina Sem Mar – Romance psicológico

- 2 Contos Patológicos – Contos

- O Desaparecimento da Dra. Sun – Ficção histórico-científica

- Madrugada de Quase Noite em Teimosia – Romance

- Guerra – ficção

-As Epístolas de Ana – Ficção científica


COMPOSIÇÕES GRAVADAS:

COMO LETRISTA PARCERIA COM LIMA JUNIOR: Esperando Chegar; Você me namora; Cristal; Hoje tem Forró;  Valsa dos Casais; A Musa; Paredes; Engano; Vontade que Ela Volte; Coração de  Veludo, ; Viagem; Mel; Direito de Resposta; Mulher de Iansã, Senhor de Xangô; Xote dos Moços; Na ponta dos Dedos;Vaso Grego; Essência; Sem fim; Cereja; As Rivais; Do teu pro meu; Meu Amante; A Flor e o Capim; Coração de Bom Conselho; Flor Devassa; Intimo e Pessoal; Enquanto não passa a mágoa; Amor sem Falsidade.

COMO LETRISTA JUNTO A MARCELO ZARSKE: Estupidez da Flor

MELODIA E LETRA: A Peleja de Damasceno contra a noite Horripilante; Amarras; As linhas que ela Tece; Bange; Bolero Blues; Carne de Pescoço; Certamente; Chuva em Olinda; De & Dinha; E se Der; Exílio; Flor de Querer Bem; Menina do Início do Mundo; Minha Vez de Amar; Nascente; Não Chegasse Perto Não; ; Viagem; Mel; No começo foi Bonito; No Meio da Coragem;Olhos de Cão Azul; On Line; Plumagem; Quando o Amor é Leve; Samba do Quebra Nozes; Valeu. Valsa Difusa; Vendaval; Você Diz; Pequena Valsa de Alguns Amantes.

EP’S LANÇADOS: Leonia Oliveira e Lima Junior (novembro de 20)

Canais da artista:

Youtube: https://www.youtube.com/channel/UCoCKPJTuWCz5TmgyRNmy5tg

Spotify:

https://open.spotify.com/artist/4zGZsPsnCJiEnCLmY5fhaR?si=2ZdrnQZlQcaYHhPVM5YFWA

Deezer: https://deezer.page.link/2M7HNjb3DPYkspMu9                                                                                                                                  

LIMA JÚNIOR 

Cantor e compositor, Mineiro de Almenara MG  no vale do Jequitinhonha. Estudou Harmonia na escola musical de Minas de Milton Nascimento. Premiado  nos melhores festivais do Brasil, a saber: Avaré São Paulo..segundo lugar, bicampeão do Festivale..festa da cultura do vale do Jequitinhonha MG, Uberlândia - primeiro lugar. E várias cidades de Minas como Ouro Preto, Turmalina, Salinas, Além de Salvador/BA. Maceio/Al, etc.  

Músicas de sua autoria já foram gravadas por Banda Falamansa, Saulo Laranjeira, Rubinho do Vale, Jackson Antunes, Carlos Farias, Estakazero, Flor Serena e Trio Jerimum, com participações de Dominguinhos.

Os críticos o consideram um dos mais criativos compositores do Vale do Jequitinhonha

Discografia:

·    Fina Flor(1998)

·    Xamã(2000)

·    Um Beija Flor me Avisou(2008)

·   Bordados (2018). (produzido por Doca Rolim, guitarrista do Skank e pelo Maestro Luciano PP).




Canção: Você me Namora

Letra: Leonia de Oliveira (25.09.2020)

Melodia e Voz: Lima Júnior

                                                                                                        

Da gota que brota a beleza da pérola

Sinto fluindo teu gosto de amora.

Onde estás? Porque estás amarrada

A cavalos marinhos?

Como tubarões descobriram teu ninho?

Para  te proteger construí recifes

E piscinas marinhas para você se banhar.

Levantei o nível do mar

Para que nada te pudesse alcançar

Este é meu jeito de te proteger

Para o seu descanso e um

Por de sol cor de vinho vem

Te fazer dormir.

Amo-te como a rocha ama a areia

E leva séculos para descobrir.

E as montanhas fazem sombra pra te refrescar.

Mas eu não tenho pressa

Ancorada em meu diamante

Vendo você passear com os golfinhos.

Da gota que brota a beleza da pérola

Sinto fluindo teu gosto de amora.

E você me namora

Cavalos marinhos cavalgando pérolas

Um gosto de amora na água do mar.

 



MAURO JORGE JAVORSKI

Natural de Telêmaco Borba-PR. Se considera um tanto pleonástico, por vezes mergulha filósofo, como se o manar fosse tão íntimo ao sentir um tanto poeta. Participou de encontros e convivências (concursos) de vários institutos e feira do poeta. Um trabalho em coletânea de autores (antologia poética de cidades brasileiras).



Poema / Poeta: Mauro Jorge Javorski





JOEMA CARVALHO 

Curitiba – PR. Engenheira florestal, doutora, autora do livro Luas & Hormônios, selecionado e editado pela Secretaria do Estado da Cultura (2010). Colunista do Observatório de Comunicação Institucional e do Portal Mhario Lincoln Brasil. Organizadora do eBook Tuíra. Participação em coletâneas: Conexão IV (Nogue Editora, 2018); Literarte celebra a Região Sul, coletânea da Associação Internacional de Escritores e Artistas (2019); Parnaso Poético III (2019); Por que Somos Mulheres, antologia digital – poesia (Selo Editorial da Revista Ser MulherArte, 2020) e coletânea do Mulherio das Letras, Portugal, 2020. 



Poema: Deusa

Poeta: Joema Carvalho


Uma deusa expressa sua existência à toa

Aos olhos de quem está atento

 

Uma deusa se manifesta

Dependendo das circunstâncias

 

Uma deusa ou várias

Em toda mulher presente

 

Uma deusa joga seu véu a quem a merece

 

Uma deusa transita através do sutil

Ganha e perde independente da sua ferida

 

Levita a dor

Transcende os fatos

Desconsidera detalhes

Uma deusa sede quando quer

É dura se fizer sentido

E não se incomoda

 

Uma deusa libera a teia

Tece sua pegada

Seu aroma no prazer descontraído

De sua natureza




ELCIANA GOEDERT (CIÇA) 

Nasceu em Ivaiporã/PR e reside em Curitiba desde 1996. É bióloga/professora de formação e poeta por inspiração, com 3 livros publicados: Eu e a Poesia (2014), Sob a Ótica de Eros (2016) e Nutrisia (versão impressa em 2017 e e-Book em 2020), além de participar em diversas antologias nacionais e internacionais. Participa ativamente em diversos movimentos literários.




Poema: A Força de uma Expressão

Poeta: Elciana Goedert (Ciça)


A palavra move o mundo quando é ideal
A palavra silencia quando é argumento
A palavra emociona quando é sentimento
A palavra agride quando é irracional
A palavra transforma quando é conhecimento

A palavra sinaliza comunicação
A palavra verbaliza agressão
A palavra, se sincera, aglomera multidão
Mas quando é enganosa, causa destruição.

Que cada palavra proferida
por mim, por você ou por uma nação
seja prenúncio de paz, destemida
Que não seja abafada por dominação
Que junta a outras traga apenas libertação

Que nos liberte da ignorância
Que nos liberte da desinformação
Que nos liberte das maldades
Que nos liberte da intolerância
Que nos liberte da opressão
Que nos liberte das desigualdades
Que nos conduza à união…





EDGARDO FERNANDO ESTRADA ARANEDA 

Nascido em Chillan, Chile em 25/08/1970, reside no Brasil desde 1976 sendo naturalizado brasileiro. Formado em Medicina pela FEPAR, Curitiba PR em 1994 e em Direito pela FAJAR, Jaguariaíva PR em 2012. Pai de 2 filhos, gosta de Artes e já atuou nas áreas de Pintura, Desenho, Teatro e principalmente a Literatura, a qual serviu-lhe como consolo e manifestação sentimental após grave acidente que interrompeu sua vida em 2003 e reiniciou nova identidade espiritual.



Poema: O dia em que...

Poeta: Edgardo Fernando Estrada Araneda - Outubro / 2009

 

... O Super-herói chorou.

Ele podia tudo,

Ele vencia todos.

Era humanamente indestrutível.

Por isso, nunca

Alguém perguntou:

- Você está bem?

- Precisa de ajuda?

 

... O rico sentiu falta.

Ele tinha tudo.

Ele tinha a todos.

Era economicamente imbatível.

Por isso nunca

Alguém perguntou:

- O que você quer ganhar?

- Precisa de alguma coisa?

 

... O ídolo sentiu-se só.

Ele conquistava tudo,

Ele conquistava a todos.

Era preferencialmente infalível.

Por isso nunca

Alguém perguntou:

- Quer companhia?

- Você está feliz?

 

... As Torres Gêmeas caíram.

Elas eram maiores que tudo,

Elas comportavam a todos.

Eram estruturalmente inabaláveis.

Por isso nunca

Alguém perguntou:

- Vocês estão seguros?

- Precisam de proteção?

... O ídolo, desejado e invejado,

Caiu como as Torres Gêmeas.

Ressurgiu dos escombros, das cinzas.

Não era a Fênix,

Talvez o Hellraiser.

Não poderia ser um doente,

Um flagelado.

 

Um Super-herói nunca padece,

Um rico nunca precisa de algo,

Um ídolo nunca se sente vazio.

Grandes obras nunca ruem.

Seja por inveja, ou descaso,

As pessoas ignoram os supostos “fortes”.

Nada é eterno, nada é invencível.

  

Nenhum vilão derrotou o Super-herói.

Foi a solidão e a indiferença..

Todos pediram auxílio.

Mas ninguém estava próximo,

Quando ele chorou.

 O isolamento foi favorável,

Pois se vissem suas lágrimas,

Ninguém ofereceria um consolo,

Apenas ridicularizariam,

Diriam que ele enganou a todos

 

Nunca foi um Super-herói,

Foi sempre um fraco.

Jamais será nome de rua,

A homenagem será para algum

Político oportunista,

Restar-lhe-á o descaso,

A solidão, o desprezo, e infelizmente,

A ingratidão. 



LAURA MONTE SERRAT  

Nascida no Brasil, na primavera de 1949, em Curitiba - PR. Poeta desde muito cedo, mas apenas para os cadernos e gavetas. Assumiu esta arte no final do século 20, início do século 21, quando participou das Rodas de Poesia no Largo da Ordem e publicou artesanalmente um livreto de poemas – Saberes e Sentimentos. Hoje faz parte do Coletivo Marianas, no qual publicou Espiral Poética. Possui poemas publicados em sites e blogs, e nas antologias: Conexão, Parnaso Poético, Marianas e Mulherio das Letras de Portugal.




Obra: Humanidade

Artista: Laura Monte Serrat

 

No início era a mãe

O ovo, o óvulo

O coração de folhas, de frestas, de falha pede novas laçadas

A trança da malha

A espiralada dança tece céu e terra

O mar agitado e a maré mansa

O anjo, anjo e pessoas

Quem acerta e quem erra

Quem anda, quem nada e quem voa.





RAQUEL LOPES

Pernambucana, Brasileira. É pianista, estudante de filosofia, escritora, poeta. Autodidata pela Escola da Vida, tem livros de poesia prosa poética e infantis publicados no site Amazon e Clube de Autores. Participa de antologias e concursos no Brasil e em outros países. Membro da UBE, da Academia de Artes, Ciências e Letras do Brasil e da Academia Mundial de Cultura e Literatura. Recebeu os certificados de Destaque Cultural e Destaque Social 2019 pela OMDDH. É Embaixadora da Paz e Comendadora da Justiça da Paz pela Organização Mundial dos Defensores dos Direitos Humanos. Ama tudo que envolva artes, música e literatura.





Poema: Flores da Alegria

Poeta: Raquel Lopes 


Belas e perfumadas as flores alegram este dia de quinta-feira e já é manhã matutina 

com desejos poéticos pelos cantos a me envolver por completo 

Graça do amor que sempre tive e não obtive desejos secretos 

Porém transparece nessa época infinda de minutos e sons da minha rima

Palhaço do parque que brinca com esta arte 

das rosas vermelhas que despertam sons inimagináveis por caminhos áridos e desérticos. 

Flores da Alegria colhi para saciar o meu dia.





NATÁLIA VENTURA 

Iniciei minha aventura musical no Sarau popular realizado no sítio Cercado. Apesar de ter participado de algumas bandas antes, nunca cantei. Cantar nunca foi prioridade, mas a necessidade de tocar música autoral falou mais alto. Então, me adaptei a essa realidade, as bandas acabaram e continuei com projeto solo. Continuo em construção, mas sempre focada em cantar sobre a vida.




Canção: Universo

Cantora e Compositora: Natália Ventura


Acordar de manhã

Tomar café ou chá de hortelã

Ouvir o canto da liberdade

Lá fora

Esperar a alma

Que às vezes chora

Às vezes chora

Silenciar também é bom

Para fazer um verso ou canção

Se inspirar em Drummond

Em um segundo tudo vira poesia

É metamórfico

E às vezes dói mas é compensatório e no fim traz paz

E haverá quem sabe no fim o amor

Pra mim ou pra você

É fácil de me encontrar

Eu moro bem aqui

No universo que eu construí

Com tudo que me faz feliz

E se quiser me visitar

É só me ligar

Porque aqui o amor não falta.




LUCAS DA PAZ
 

Lucas da Paz começou a estudar música aos 12 anos de idade. Seu primeiro instrumento foi o violão, teve como inspiração Arlindo Leandro da Silva que tocava violão para as crianças do projeto Casa de Apoio Irmã Sheila. Aos 14 anos entrou na Guarda Mirim do Paraná, onde fez parte da banda Marcial da Guarda Mirim por 3 anos, tocando trombone e trompete. Com 17 anos participou do projeto Centro Volvo Ambiental, onde foi direcionado para o violoncelo. Seus professores foram Estela de Castro e Claudiney Lima, sendo Claudiney o mentor responsável por direcioná-lo nos caminhos da Arte. Atualmente Lucas é professor de música e multi-instrumentista, além de trabalhar profissionalmente como músico-terapeuta, trazendo à beleza da música a vida de outras pessoas.


Música: Hallelujah
Intérprete: Lucas da Paz




REGINA MADEIRA

Brasileira, nascida no interior do Rio de Janeiro, casada, professora aposentada e escritora por escolha. 

Vive a vida entre versos, imagens e contos. Sua inspiração vem do Divino e de sua fé em Deus que é inabalável. Gosta de ler, escrever e fazer amigos.

Sua primeira Antologia de Contos foi publicada na Bienal do Rio de Janeiro, no ano de 2019. Já participou de outras antologias de poemas. E agora, ela sabe onde se encaixa, que é levando estas histórias a seus leitores.



OUTONAL SINFONIA

Autora: Regina Madeira - 30/04/2020 

 

Violinos tocam uma encantada sinfonia.

As folhas dançam enoveladas pelo vento.

Pessoas andam voltadas para o pensamento.

E nem percebem essa tão bela sinfonia.

 

As folhas loucas são espalhadas pelo chão. 

Ninguém se importa se têm ou não seus sentimentos.

Que são guardados não revelados pelo tempo. 

Em cada cofre sagrado do seu coração. 

 

Folhas aplaudem enquanto olham os passantes.

Tão distraídos preocupados com o intento. 

Olhos chorosos deixam visor nevoento. 

Entristecidos na despedida dos amantes. 

 

Folhas caídas em tom vermelho nacarado.

São recolhidas, metamorfose em linimento. 

Tiram as dores co'a força útil do unguento. 

Finda a estação e o mal então foi superado. 

 



GÉRIO KAMINSKI (Rogério Francisco Vieira)

Paranaense de Curitiba, nascido em dois de outubro de 1963. 

Biólogo, escritor, músico e professor da rede pública do estado do Paraná.

É fundador da Confraria de Letras e Música – COLEMUS e integrante da Banda Balbúrdia Sonora.

Foi agraciado com os títulos “Pergaminho de Ouro” e “Companheiro Paul Harris”.

Tem composições em vários estilos musicais e poesias publicadas em coletâneas.

Atualmente reside em São José dos Pinhais-PR.




O POETA E A PLANTA

Autor: Gério Kaminski

 

O poeta é quase uma planta.

Raízes tensas grudam no solo fértil para sorver vogais e consoantes.

Seus versos se transformam em seiva – a elaborada – doce e farta.

É pólen lançado numa aventura anemófila.

É carona de alteza melífera que fecunda estilos e verticilos.

Na latência da semente, rompe o tegumento para se fazer broto.

Resiste, cresce, floresce e segue seu ciclo vital e literário.

 

A planta é quase um poeta.

Ao sol, exala o ar vital de ânimo que pulsa existências.

Sob a lua, encanta e excita, num ritual de magia e de paixão.

É a massa de celulose que se deixa riscar em lâminas paginadas.

Seu fruto maduro é convite ao prazer de um orgasmo floral.

Sua clorofila é uma usina de energia e de alegria.

Gotas vertem de glândulas vegetais de íris verdes sedutoras.


Enfim, tudo se faz vital.

Floema, xilema e poema.




ELIZIA FÊNIX

Mãe de dois filhos autistas. É catarinense e reside em Curitiba a mais de 53 anos. Biógrafa. Autora de três livros: Assédio Moral nas Relações de Trabalho, Estante das Primeiras Leituras da Família e Menina da Roça. Biógrafa, Ativista Neuroeducação. Inclusão escolar. Agente Mediadora de Leitura. 



PROFESSORA ROMILDA

Autora: Elizia Fênix

 

Ontem

A palavra conheci

Desejo de escrever senti.

Descobri

Que a palavra tem cheiro,

Forma, cor e sabor.

Hoje

Escrevo memórias

Amanhã

Talvez escreva outras histórias...

Palavras benditas

São um bálsamo para nossa alma.

 


 

VERA LÚCIA CORDEIRO

Natural de Curitiba – PR

Acadêmica da AVIPAF cadeira nº15 – Patrono Fernando Pessoa.

Escritora, arte educadora, poetisa, narradora de textos, dubladora e compositora.

Poemas publicados nas revistas Fênix e Logos de Portugal e livro El Cusco – Chile.

Homenageada diversas vezes com Troféus, diplomas e certificados pela Câmara Municipal de Curitiba, SESC e revista FECOMÉRCIO.



NÃO SE APAGOU A CHAMA

Letra: Vera Lúcia Cordeiro

Música: Vera Lúcia Cordeiro

 

É inútil sentir

Sei que vais descobrir

Basta olhar para os meus olhos

Não adianta dizer

Não quero mais te ver, não consigo

Um amor não se apaga

Ele apenas adormece

Quando surge a grande mágoa

O coração se entristece

E o corpo padece, sente medo

Não se pode guardar

Dentro d’alma que ama um segredo.

 

Não se apagou a chama

De um amor tão imenso como o nosso

Nós dois longe um do outro

Estamos incompletos somos só metade

Por isto meu amor

Esqueçamos de tudo unamos nossas vidas

Deixes de lado o orgulho e a vaidade ferida

Vens comigo

Vens comigo

Vens comigo

Meu amor.






LIRA AGIBERT

Nasceu em Prudentópolis(PR), 1944

Graduada em Magistério Superior (UEPG), Universidade Estadual de Ponta Grossa, Educação Infantil, Instituto de Educação Professor Erasmo Pilotto, Pós graduada Especialista em Espaço Escolar e Seus Gestores(CAEDRHS)-Grupo Avançado de Especialização e Desenvolvimento de Recursos Humanos.

Iniciou sua carreira entre os pioneiros na área da alfabetização Municipal, como Professora Estadual do Ensino Primário, passando ao magistério complementar nas áreas da Arte, Desenho, Música, Geografia e Puericultura para adolescentes no Ginásio Estadual de Salto do Lontra PR (sudoeste).

Aposentada com 33 anos de magistério, escritora, cantora lírica, poetisa e artista plástica, atuou como Membro Conselheiro da Cultura, na área de Literatura em Colombo PR.

Atua como Membro da Comissão de Promoção da Literatura Paranaense do Centro de Letras do Paraná Curitiba- PR.

Obras: Memórias de VIRKA- 2014, Domingo, a Pipa e o Vento 2015, O Enigma do Talismã de Madrepérola- 2016, Entre as Paralelas do Arco- íris- 2017, A Cadeira de Valmor- 2018, Sob a Luz dos Vaga- Lumes- 2020.

Participante da Coletânea CURITIBA PLURAL e CRONISTAS DO CENTRO DE LETRAS DO PARANÁ - 2019, da Antologias Conexão II – 2016 e Parnaso Poético III  2019.



OBRA DE LIRA AGIBERT MOSTRADA NO VÍDEO

 

ARTISTA PLÁSTICA- LIRA AGIBERT

OBRA - MARINA AO POR DO SOL

PINTURA CONTEMPORÂNEA

PAISAGEM A ÓLEO SOBRE TELA

COM FACA DE TEXTURA ESPATULADA

MEDINDO 100 X 50 cm


9 comentários:

  1. Que delícia de viagem entre formas cores e versos.

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  2. Belíssimo e expressivo trabalho. Parabéns!!! Abraços carinhosos.

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  3. Realmente é um lindo presente esta homenagem feita por tão conceituados artistas, poetas, jornalista. Aos escritores do calibre de OsmarOsmam Aedo & Silvana Mello - Coordenadores das Antologias Parnaso Poético,
    Integrantes da International Writers Artists Association - IWA e Acadêmicos da Academia Poética Brasileira - APB , o meu mais profundo agradecimento. Abraço.

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  4. Adorei o passeio pelas cores ao som de um suave fundo musical! Foi mágico! Parabéns

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  5. Mùsica e poesias e arte são interligadas viva os poetas e a arte.

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